sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sentaste-me no sofá, segurando minha mão, olhaste nos meus olhos e me disseste que precisavas conversar. Estavas séria, era tão estranho te ver séria daquele jeito. Eras sempre muito brincalhona e o teu sorriso era a coisa mais linda do mundo. Não dei tanta importância, continuei olhando pra televisão. Imaginei que era mais uma das tuas brincadeiras toscas que me faziam rir demasiadamente.
- Meu amor, eu to falando sério dessa vez
- Fale amor, estou te escutando.... – Meus olhos ainda estavam fixos na televisão à frente.
Ficaste calada durante uns minutos que pareceram poucos pra mim, mas falaste que foram longos e arrastados minutos.
Entendi o silencio, olhei pra então pra ti. Estavas com os olhos cheios de água, vi meu reflexo nos teus neles. Fiquei com medo, começaste a me assustar.
Perguntei o que havia acontecido e tu não me respondias.
Achei que era mais um daqueles teus showzinhos que não levariam a nada.
Voltei meus olhos pra televisão, se quisesses, mais tarde, falarias.
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EU TE AMO.... – Falaste entre um soluço e outro.
Gelou-me tudo por dentro, fiquei feliz e com medo daquele sentimento. Te olhei devagar pra vê se realmente era verdade aquilo tudo.
Foi então que eu percebi o quanto te doía amar. Me amar. Peguei tuas mãos. Enxuguei-as, estavam tão frias, limpei tuas lágrimas, te abracei e falei – eu também meu amor, eu também.
Descobri, contigo me olhando com aquelas lágrimas nos olhos que realmente eras tu a mulher da minha vida.

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